O que é coronavírus? (COVID-19)
Quais são os sintomas do coronavírus?
Os sintomas são de uma gripe comum. Pode ter febre ou não, tosse e dificuldade de respirar. Alguns pacientes relatam dor, congestão nasal, dor de garganta e diarreia. O sintoma mais grave, nos casos sintomáticos, é a falta de ar. Quem sentir falta de ar, deve procurar uma unidade médica. Quem sentir apenas coriza, apenas moleza no corpo ou apenas febre pode ligar para o número 136 e escutar orientações médicas.
Quais são os fatores de risco para a doença?
Se teve contato direto com alguém que teve a doença confirmada, se viajou para um país com muitos casos confirmados, se, por exemplo, tiver um colega de trabalho com a doença confirmada. No entanto, essa situação está mudando, já que no Rio e em São Paulo, por exemplo, já há circulação maior do vírus.
O que fazer para evitar o contágio?
Lavar as mãos com frequência, com água e sabão. “Álcool gel funciona também. E como nem sempre você tem uma pia por perto, então é bom ter um álcool gel na mesa de trabalho, principalmente se você trabalha com atendimento ao público”, explica a Izabel Marcílio, médica epidemiologista do núcleo de vigilância epidemiológica do Hospital das Clínicas de São Paulo. O protocolo básico é: tossir cobrindo a boca e o nariz com o cotovelo flexionado, evitar tocar olhos, nariz e boca, evitar aglomerações e manter distância das demais pessoas, especialmente das que estão com tosse ou febre.
É verdade que devo mudar a forma de cumprimentar as pessoas?
Sim. Segundo o Ministério da Saúde, deve-se evitar abraços, apertos de mãos e beijos no rosto. Assim, você se protege e também a sua família de doenças respiratórias, incluindo o coronavírus.
Quem deve usar máscaras?
Segundo o Ministério da Saúde, as máscaras faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com o coronavírus. Para os demais, utilizar lenço descartável para higiene nasal é outra medida importante. Deve-se cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo.
Devo evitar viajar? E se tiver voltado de viagem da Europa, por exemplo?
“Evitar viagens é prudente”, diz Izabel. Para o caso de quem voltou de locais com muitos casos da doença, a recomendação da OMS é o monitoramento dos sintomas por 14 dias e a medição de temperatura duas vezes por dia. Na sexta-feira, dia 13, o Ministério da Saúde recomendou que as pessoas que voltarem do exterior devem ficar ao menos 7 dias em casa. Em caso de sintomas como falta de ar, febre ou tosse, deve procurar uma unidade médica.
Se eu tiver que viajar, devo viajar usando máscara?
“O contágio em um avião pode acontecer, mas já percebemos que com esse vírus o mais importante é o contato, conversar, ter contato e estar próximo a alguém infectado. Esse contato próximo é mais perigoso que o contato só respiratório, de só estar num mesmo ambiente”, diz Izabel. “Então não tem por que usar máscara se você não está doente. Quem tem que usar é a pessoa que está doente, é ela quem transmite”. O ideal, no entanto, é evitar ao máximo as viagens.
Devo evitar usar o transporte público?
Se não é possível evitar de todo, procure não usar nos horários de pico, especialmente nos Estados em que há transmissão sustentada da doença, como Rio e São Paulo, quando já não é possível identificar a origem da infecção e o contágio ganha velocidade.
Posso ir a shows, cinema e shopping?
A recomendação é evitar aglomerações. Em especial, para áreas com transmissão local da doença, como Rio e São Paulo, os promotores de evento estão sendo estimulados a cancelar ou adiar eventos. É especialmente recomendado que idosos e doentes crônicos evitem contato social como idas ao cinema e shoppings. Na Europa, onde a situação em alguns países é crítica, ganha terreno a campanha #EuFicoEmCasa.
Posso ir para a academia? Correr no parque pode?
Vale a regra de evitar aglomeração de pessoas. A recomendação é privilegiar exercícios ao ar livre. Mesmo assim, a Prefeitura de São Paulo recomenda não praticar atividades em grupo em parques e equipamentos públicos.
Se tiver de ir ao local de trabalho, qual deve ser o procedimento?
Se ainda não há possibilidade de trabalhar de casa, evite reuniões numerosas. A Organização Mundial da Saúde também divulgou uma cartilha específica para ambientes laborais. Valem as mesmas regras de higiene: limpar frequentemente com desinfetante mesas, teclados, telefones, celulares e outros utensílios de trabalho. Tantos os locais públicos como privados devem oferecer:
Quem está com sintomas como tosse seca e febre baixa, deve ser encorajado a ir para casa (se para trabalhar de casa ou descansar, a decisão é da empresa).
E em casa, como devo fazer com a limpeza?
De acordo com o Ministério da Saúde, se houver álcool gel, ele também deve ser usado para limpar objetos como telefones, teclados. Para o resto da limpeza doméstica, recomenda-se a utilização dos produtos usuais, dando preferência para o uso da água sanitária (misture num balde 9 partes de água e uma parte de água sanitária) para desinfetar superfícies. Para as roupas, limpeza normal, a não ser que haja infectados na residência (ler mais abaixo).
Devo mandar meus filhos para escola? E as universidades?
No caso de Rio e São Paulo, onde já há transmissão sustentada dos casos, já há recomendações específicas. No Rio, as aulas de todos os níveis estão suspensas. Em São Paulo, a suspensão vai ser gradual nas instituições públicas e privadas. A recomendação paulista é: se puder, não envie as crianças à escola já a partir da segunda-feira, 16, mas evite que elas sejam cuidadas por pessoas com mais de 55 anos (o mais importante grupo de risco, ver mais abaixo). Várias universidades já cancelaram aulas e estão programando atividades e ensino à distância.